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terça-feira, 20 de outubro de 2020

VICTOR VASARELY - AMOR


 

A obra acima, criada pelo genial artista húngaro Victor Vasarely, além de ser profundamente impactante e bela, pode ser interpretada de inúmeras maneiras.

Originalmente, o título da obra é “Amour”, em francês. No entanto, há vários tipos de amor que podemos ver representados na obra em questão. Primeiramente, podemos ver um amor maternal, de mãe para filho, na qual a mãe abraça de forma muito acolhedora seu filho, o protegendo dos perigos do mundo e lhe dando todo seu amor maternal.

Há também a possibilidade de considerarmos a obra como sendo a representação de um casal, não ficando nem mesmo claro se seriam pessoas de sexos opostos ou não. O par de figuras demonstra carinho e atenção com o outro.

Poderíamos também considerar a obra como sendo uma representação da tão desejada harmonia racial, entre brancos e negros. Aqui, há um profundo entendimento, respeito e cuidado com o seu irmão ou irmã de uma outra origem racial.

Para finalizar, poderíamos até mesmo ir mais longe e encararmos a obra como uma representação do clássico símbolo do Yin & Yang, tão populares no oriente. É perceptível que ambas figuras se complementam. Sem uma não existe a outra, exatamente o que é expresso no conceito do Yin & Yang, pois não há dia sem a noite, e vice-versa.

E você, amigo ou amiga leitora, qual interpretação dá à obra aparentemente tão simples, mas tão magistral e rica em significados?


segunda-feira, 5 de outubro de 2020

ANTHOINE VÉRARD - O RELÓGIO DA SABEDORIA

ANTHOINE VÉRARD -  O RELÓGIO DA SABEDORIA


 



Encontrei uma reprodução da gravura medieval acima, criada por Anthoine Vérard em 1493 na loja do fantástico Museu Cluny em Paris, há muitos anos. Imediatamente fiquei encantado com ela, pois o autor foi capaz de transmitir com muita clareza o poder do conhecimento para mudar o mundo.

Na parte inferior do círculo da “esfera do conhecimento”, podemos ver os homens estudando, aprendendo e desenvolvimento seu conhecimento pessoal, com muito esforço e dedicação.

Na parte superior, vemos os sábios, já devidamente preparados após décadas de estudo e aprendizado, tendo ao meio uma figura que pode ser interpretada como Deus, ou a musa da sabedoria. No entanto, há uma diferença fundamental entre os sábios do lado direito e esquerdo. Os do lado esquerdo ouvem atentamente os ensinos do mestre, enquanto são protegidos pelos anjos do céu. Do outro lado, os sábios desviam o olhar para os demônios que os distraem, tentando desvirtuá-los para o caminho do mal.

A mensagem aqui é simples e direta: tudo que aprendemos e todo o conhecimento que adquirimos em nossas vidas pode ser usado de duas maneiras distintas: para fazer o bem para nós mesmos e nossos semelhantes, difundindo a educação, conhecimento, cultura e valores sólidos ou, de forma contrária, usarmos todo nosso intelecto e conhecimento para fazer o mal, destruir, matar e dominar os outros, em uma luta incessante pelo poder e domínio através do medo.

Fica o questionamento para cada um de nós que pode admirar essa grande obra atemporal: Em qual lado você se encontra ao usar seu conhecimento e inteligência?


terça-feira, 22 de setembro de 2020

ENTRE OS BURACOS DA MEMÓRIA

ENTRE OS BURACOS DA MEMÓRIA



 

A extraordinária obra acima é de autoria de um artista suíço chamado Dominique Appia, que viveu toda sua vida em Genebra.

Não se trata de um nome muito conhecido, pois sua obra não é muito extensa, não havendo praticamente nenhum material impresso sobre ele ou sobre sua vida. O pouco que se sabe é que ele foi um arquiteto durante grande parte de sua vida e, ao ter uma crise de meia idade, decidiu pintar, que era uma atividade que fazia antes de ser tornar arquiteto.

Seus quadros são todos no estilo surrealista, muitas vezes sendo confundidos com obras de Salvador Dalí. A temática principal de seus quadros é o inconsciente, a psicologia e o mundo dos sonhos.

Quando vi a obra acima fiquei encantado e comprei um poster de grandes proporções, o qual está em minha sala há muitos anos. Toda vez que olho para ele vejo algo novo e que não havia percebido ou entendido anteriormente. Desta forma, não farei uma análise do quadro, deixando que cada um o “leia” e entenda de acordo com sua própria interpretação pessoal.

No entanto, uma coisa é evidente: Dominique Appia foi um artista genial que merecia ter tido mais reconhecimento do que teve. Suas obras são magníficas e artisticamente riquíssimas. Sem dúvida alguma, um grande mestre da pintura.

terça-feira, 1 de setembro de 2020

AS TRÊS IDADES DO HOMEM

AS TRÊS IDADES DO HOMEM


O quadro abaixo é de autoria de Giorgione, um grande pintor italiano. Trata-se de uma obra-prima. Nele, o autor conseguiu exprimir sua visão de que à medida que envelhecemos, nos tornamos mais sábios, conscientes e capazes de compreender o mundo e a nós mesmos.

O menino tem a metade do rosto obscurecida pela sombra, denotando a pouca maturidade e experiência por causa de sua idade. Já o homem, ao lado direito, está na idade madura, e já possui o rosto um pouco mais iluminado pela vida e o conhecimento.

Por fim, o idoso, em primeiro plano, tem sua cabeça totalmente iluminada, e o olhar que nos transmite um misto de conformação e realismo. Talvez seus sonhos tenham não tenham se realizado e ele tenha aceitado tal fato.

Ele nos olha e parece nos perguntar: “E você? Em qual fase da vida se encontra?”